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Teoria da conspiração (I)

 

--------Há duas semanas a coluna publicou a notícia dando conta que Isabel de Medeiros deverá ser candidata a vereadora nas eleições de outubro. Tal fato tem ingredientes políticos para balançar o projeto estratégico do vereador Maurício de Medeiros, primo de Isabel. 

A chamada "família Medeiros" sempre esteve unida, razão das sucessivas vitórias eleitorais do clã. Mas - e sempre tem um mas! -, eis que surge uma teoria da conspiração para resolver a pendenga, por assim dizer. "Gente do andar de cima" no PMDB do lado de cá da ponte tem a solução ideal para o problema. Simples, muito simples, afirmam. 

--------O vereador Deoclécio Melo, campeão de votos do partido nas eleições passadas, está com a "vida enrolada" por ter supostamente usado a estrutura de seu gabinete na Câmara de Vereadores para ajudar a sua esposa a se eleger Conselheira Tutelar. Dona Iara Melo ganhou, mas não levou. O Ministério Público entrou no caso e impediu que ela assumisse suas funções no final do ano passado. O caso está na esfera judicial e poderá complicar para o lado de vereador. 

--------Ainda mais com a recente aprovação da Lei da Ficha Limpa, pelo Supremo Tribunal Federal. Segue a "teoria conspiratória". Com Deoclécio fora de cena, entraria sua filha, Aline, que foi Conselheira Tutelar e passou o bastão para a mãe, que está impedida até decisão do caso. Gilso Nunes, o atual vice-prefeito, iria para casa ficar em "stand by". Poderia dedicar-se à sua banda de música, pescar, escrever memórias e coisa e tal. Para alguns peemedebistas ele já foi "o cara". Agora não "infrói e nem desinfrói", como antes.

Isabel de Medeiros seria a candidata a vice- prefeita na chapa de Vicente Pires (PSB), que deseja a reeleição. Perfeito. Uma mulher na partilha do comando no Poder Executivo. Filha do ex-prefeito Medeiros, uma lenda na política local, que sobrevive solene na memória de boa parte do eleitorado cachoeirinhense. Maurício, sem o racha familiar, teria todas as condições de permanecer com o mandato. Em 2014 concorreria a deputado e criaria um cenário propício para Gilso tentar se eleger prefeito em 2016. E, com tudo dominado, o PMDB estaria sem problemas no campo das idéias. Só no campo das idéias. Por lá todos sabem que, em política partidária, um mais um não resulta propriamente em dois. 

-------Até as eleições deverão surgir novos cenários. E não faltarão conjecturas e "teorias da conspiração".