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Pois é...

Incentivado pelos amigos, resolvi entrar na onda do blog. Este meio de expressão não tem pretensão maior no campo literário, por assim dizer. Desejo, tão somente, partilhar o olhar sobre os acontecimentos que observo ao derredor. Meu compromisso é com a informação, sem preconceito de natureza alguma.
Espero que os leitores participem deste espaço, enviando manifestações. Todas serão acolhidas com espírito democrático. Portanto, façam contato.


JOGO RÁPIDO


- Ano Novo, vida nova. Mas não só, se depender da vontade da administração do prefeito Vicente Pires (PSB). Tramita da Câmara de Vereadores Projeto de Lei que pretende aumentar impostos e taxas municipais. E para vigorar em 2011 é preciso aprovação imediata.

- A base parlamentar de Vicente possui maioria esmagadora. Aprova o que quiser e paga para ver. Na oposição estão apenas Rosane Lipert (PT) e o renegado Marco Barbosa (PSB). Aos dois resta fazer barulho para que chegue aos ouvidos da sociedade.

- Estranhamente não se viu e ouviu nenhuma consideração sobre o tema por parte da Associação Comercial e tampouco do Sindicato dos Lojistas. Estarão as duas entidades de acordo com aumentos de impostos e taxas, que acabarão pesando mais ainda no bolso do setor produtivo?


- Mudando de assunto. Na quarta-feira a secretaria de Comunicação da Prefeitura de Cachoeirinha produziu mais uma “pérola jornalística”. Enviaram para os veículos de comunicação um texto dando conta de que em janeiro começam as obras de revitalização da avenida Flores da Cunha.


- Até ai tudo bem e palmas para o governo municipal, que finalmente deverá começar a atender importante demanda da sociedade cachoeirinhense. O detalhe está no título grifado do texto gestado na Secom, assim escrito; “Contra os urubus, obras já em janeiro (...)”.

- Por “urubus” esta gente deve entender todo e qualquer cidadão que reivindica melhorias a que tem direito e é dever do poder público prover. O abjeto ranço da soberba precisa calçar imediatamente as sandálias da humildade e adaptar-se à forma do convívio democrático.


- Os urubus vivem a espreita daquilo que está em decomposição e apresenta-se nauseoso e fétido. Por este viés, é bem verdade, a avenida Flores da Cunha realmente está mais para urubu do que para colibri. Terá sido esta a interpretação do escriba do texto oficial enviado para as redações?


- Duvido que o prefeito Vicente Pires tenha determinado tal tratamento aos que ainda esperam muito de sua administração e que, vez por outra, contribuem com críticas positivas ao seu governo. Mão posso crer que ele, experimentado como é, só tenha ouvidos para os que dizem “Sim senhor, meu rei”.


- Seria oportuno que a competente jornalista Sônia Zanchetta, que presta consultoria para a secretaria de Comunicação, orientasse os redatores de informações oficiais a respeito de algo primário em suas funções: conhecimentos básicos sobre a liturgia do cargo.


- Uma coisa é redação de jornal e colunismo de opinião. Outra é função pública, com as suas vantagens e deveres de ofício. Arroubos e atitudes quixotescas até cabem em publicações panfletárias. Em produções oficiais existem os limites impostos pelas regras básicas da liturgia do cargo, onde a preponderância deve ser o interesse público. Apenas.

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