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Pois é...

Incentivado pelos amigos, resolvi entrar na onda do blog. Este meio de expressão não tem pretensão maior no campo literário, por assim dizer. Desejo, tão somente, partilhar o olhar sobre os acontecimentos que observo ao derredor. Meu compromisso é com a informação, sem preconceito de natureza alguma.
Espero que os leitores participem deste espaço, enviando manifestações. Todas serão acolhidas com espírito democrático. Portanto, façam contato.


JOGO RÁPIDO


- A chapa tem esquentado na Câmara de Vereadores. Na terça-feira a Sessão Ordinária foi suspensa pelo presidente do legislativo. Maurício de Medeiros (PMDB) não conseguiu controlar as manifestações de funcionários públicos, que protestavam contra a votação de um projeto do Poder Executivo, que “fatiava” a concessão de Licença Prêmio dos servidores do Município.

- Maurício de Medeiros precisou convocar Sessão Extraordinária para a quinta-feira, no período da tarde, em horário que dificultava a mobilização dos servidores. E mais: ameaçou pela imprensa requisitar o apoio da Brigada Militar para “conter os ânimos” de quem atentasse contra o desenrolar do trabalho extra dos vereadores.

- Ora, Maurício de Medeiros já deveria saber que o tempo do “prendo e arrebento” passou. Ele não é vereador estreante. Foi prefeito e pertence ao PMBD, que quando ainda era o velho MDB de guerra foi uma das trincheiras contra a ditadura, onde o que valia era justamente mandar prender e arrebentar.

- Maurício bem que poderia ter arbitrado a questão com a altivez de magistrado. A julgar pela repercussão dos acontecimentos, preferiu agir como emissário do comissário.


- Pegou mal para os vereadores e para o prefeito Vicente Pires, outro que poderia entregar-se mais ao diálogo com aqueles que têm posições divergentes das suas.


- O prefeito Vicente Pires tem esmagadora maioria na Câmara de Vereadores, e por conta disso por lá passa boi e boiada, na velocidade do tropel que o Chefe do Executivo quiser. Situação confortabilíssima para o prefeito. Ruim para a oportunidade do contraditório.


- O vereador Marco Barbosa (PSB), que rompeu relações políticas com o prefeito perdeu quase uma dezena de cargos na máquina do governo. Está tomando o caminho da oposição, lugar onde terá a oportunidade de provar do mel e do fel. E mel é um sabor com o qual nos acostumamos com facilidade. Já o fel, até Cristo pediu para afastar dele o cálice.


- Marco Barbosa, se quiser realmente ocupar espaço na política cachoeirinhense, terá pela jornada pautas de sobra. Vem aí o debate sobre a privatização da água. Já tem até gente operando nas sombras para estreitar os caminhos entre o Rio Gravataí e a capital paulista. E não é lambari. Este pulo é coisa de peixe grande...

Um comentário:

  1. A necessidade de uma oposição é provada nestas horas. A quem os servidores estão recorrendo?
    Aqueles que chegaram democraticamente ao poder embriagam-se e esquecem das suas funções republicanas.
    Câmara de Vereadores como extensão do Poder Executivo é absolutismo.
    O Legislativo há muito perdeu sua independência, a preço de cargos.
    Parabéns ao Vereador da base que - pelo visto - honra ao seu mandato.

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