Categorias

Pois é...

Incentivado pelos amigos, resolvi entrar na onda do blog. Este meio de expressão não tem pretensão maior no campo literário, por assim dizer. Desejo, tão somente, partilhar o olhar sobre os acontecimentos que observo ao derredor. Meu compromisso é com a informação, sem preconceito de natureza alguma.
Espero que os leitores participem deste espaço, enviando manifestações. Todas serão acolhidas com espírito democrático. Portanto, façam contato.


LIMITES


------Em jornalismo é preciso que o comunicador mantenha, permanentemente, rigorosa postura ética no que escreve e publica. O formulador de opinião responsável tem sempre limpo o filtro do zelo no exercício da tarefa de bem informar. Tem o foco na notícia aberta dos acontecimentos. Não escamoteia a verdade dos fatos, independentemente dos interesses a eles subjacentes. O fuxiqueiro, ao contrário, age sorrateiramente, com meias palavras e alusões que, via de regra, deixam margem para interpretações dúbias. Tal postura não contribui para o avanço de uma consciência coletiva crítica e depuradora do que seja “joio e trigo”.
------Pois, a editora do Diário de Cachoeirinha, jornalista Patrícia Ferraz, publicou em sua coluna no jornal, por duas vezes, textos curiosos a respeito de uma autoridade municipal que estaria tendo um caso com sua subordinada. Ora, a rigor, caso seja verdadeira a meia informação publicada, trata-se de uma suposta infidelidade conjugal. O que poderá interessar preliminarmente às partes envolvidas no imbrólio moral. Não desconheço que na atividade pública institucional as pessoas devam agir como “mulher de César”. (Além de serem honestas devem parecer honestas). Entendo que a colunista-editora, de sua parte, nos deveria brindar com a notícia completa, sem evasivas. Ora, é injusto lançar um lençol de suspeições sobre qualquer outrem detentor de igual cargo, em primeiro escalão de governo, e que nada tem a ver com os movimentos de alcova de terceiros. Uma leviandade, que corre o risco de ser qualificada com adjetivos mais específicos. Será que a conjuntura política e administrativa da cidade não oferece pauta mais urgente e de verdadeiro interesse coletivo? Um jornal de verdade se diferencia de um tablóide por seu conteúdo progressista e responsável. Respeito as escolhas alheias. Obviamente que, os jornalistas também têm direito de enveredarem pelos mais diferentes caminhos de seu ofício. Merecem minha consideração até aqueles que preferem ficar nas portarias dos motéis em busca de um “furo” para os leitores com certo viés para o voyerismo. Mas aí entraríamos para uma questão de limites, que merece análise mais acurada. Mas, desconfio dos travestidos imantados com a roupagem da “moral e dos bons costumes”.

3 comentários:

  1. Caríssimo amigo Roberto: São publicações desta natureza que obrigam a existência de cadeiras específicas no curso de jornalismo sobre "ÉTICA EM JORNALISMO". Mais que levantar suspeitas sobre tudo e todos, este tipo de nota não é notícia, mas sim fofoca de interesse DO público, que não deve ser praticado pelo bom jornalismo, mas tão somente restrito a revistas sensacionalistas destinadas a vouyers e comadristas de plantão. O verdadeiro jornalismo ou colunismo se ocupa com o INTERESSE PÚBLICO, bem diferente do "interesse DO público", ainda mais quando não há fato noticiado. Caso a editora conheça irregularidades e/ou ilegalidades e abusos cometidos pelas ditas autoridades envolvidas, deve tornar público para que o governo ou o Ministério Público tome medidas saneadoras única e exclusivamente no que diz respeito ao eventual dano ao trabalho ou exercício da função e cargos públicos. Quanto a intimidade dos agentes, não é assunto para ser tratado publicamente e sim apenas entre os envolvidos, se é que existem. Grande abraço do Lucky Luciano Ramos

    ResponderExcluir
  2. Caro Luciano: Não é necessário cursar jornalismo para se ter ética. Tanto na questão jornalística que, tens razão, deve tratar daquilo que é de INTERESSE PÚBLICO, quanto na área pública, onde não se deve tratar DO PRIVADO - porque pode vir a ser de interesse do jornalismo pelo absurdo que representa...

    ResponderExcluir
  3. Namoro durante o serviço público, com pessoas públicas, é fato público sim! Trata-se do ônus de exercer essa nobre função.
    Evidente que a notícia deve ser dada completa, pois agora todos estão sob suspeita.

    ResponderExcluir

Seguidores