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Pois é...

Incentivado pelos amigos, resolvi entrar na onda do blog. Este meio de expressão não tem pretensão maior no campo literário, por assim dizer. Desejo, tão somente, partilhar o olhar sobre os acontecimentos que observo ao derredor. Meu compromisso é com a informação, sem preconceito de natureza alguma.
Espero que os leitores participem deste espaço, enviando manifestações. Todas serão acolhidas com espírito democrático. Portanto, façam contato.


QUE PENA!

Outro dia fui convidado a participar de uma reunião com um grupo
de pessoas preocupadas em discutir ética e cidadania.
Todos, em geral, doutores em alguma especialidade acadêmica.
Por um bom tempo não entendi o razão do convite.
Afinal, sou um simples mortal.
Principalmente em relação à maioria dos integrantes da tal
“confraria”. Mas, lá pelas tantas, depois de uma discução e
tanto sobre aquecimento global, emissões de CO2 na atmosfera e
tudo o mais, a reunião acabou e topei uma carona para casa.
No Honda Civic novinho em folha estamos entre quatro.
No caminho, como o calor era infernal, decidimos pegar umas
latinhas” bem geladinhas para, digamos, matar a sede.
Até aí tudo bem. Dali há pouco tive um “ataque”.
Dois dos parceiros de viagem haviam dado cabo do preciso líquido.
E, sem a menor cerimonia, abriram os vidros elétricos do flamante
e atiraram as latas vazias pelas janelas. Pode? Pois aconteceu.
Fiquei pasmo. Admoestei os parceiros. Ficaram sem graça e, por certo,
arrependidos de minha companhia insolente. Tudo bem.
No próximo convite para discutir a saúde do planeta alegarei
compromisso intransferível: não poderei deixar de assistir ao
capítulo da noite de Viver a Vida. Assim, penso não perder meu
precioso tempo.





3 comentários:

  1. Este é o comportamento, com exceções, claro, da maior parte do povo brasileiro. É uma questão cultural, infelizmente. Há alguns anos, dirigindo pela Flores da Cunha, o sinal vermelho me fez parar ao lado de um destes carros modernos, dirigido por uma linda mulher que ouvia som e saboreava um iogurte. Tão logo o vasilhame se esgotou e ela não teve mais o líquido vitaminoso para ingerir, estendeu o braço esquerdo para fora da janela e, disfarçadamente, "deixou cair" o vazio frasco que antes tinha o iogurte. De onde estava, aplaudi, ironicamente, claro. Ela me olhou, com raiva, me desferiu um "vai a PQP" e mandou que eu fosse cuidar da minha vida. Claro, continuo cuidando da minha vida mas, se a encontrasse e pudesse conversar com ela, tentaria fazer com que passasse a observar nos outros as atitudes erradas que depõem contra a nossa suposta racionalidade e o mal que fazem, estas atitudes, a um combalido planeta que vomita neve em alguns pontos, tem cólicas calóricas em outros, e sofre de crises de diarréia que transforma em alagamentos e desmoronamentos. Sem contar os espirros dos tufões e as azias vulcânicas... Metáforas fora, saudações! Mas não fica na frente da tevê como mero espectador da incoerência humana. Vai, sim, a estes encontros. E me chama. Vamos unir vozes e pegar caronas e sermos insolentes admoestadores...

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  2. Pois bem, caro amigo, agora vc sabe o porque, do convite, pois provavelmente, entre eles vc era o único com comprometimento quanto a situação do aquecimento global. BEIJOS Fabiane

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  3. Parabéns pelo Blog Robertinho. Acesso pela primeira vez.
    Quanto ao texto, de fato, a frustração é um sentimento que não consigo afastar.
    Costumo dizer que todos querem preservar o que é dos outros, mas poucos realmente mudam seus hábitos.
    A crise não é ambiental, é de cidadania.
    Coisa pública é de todos e não de ninguém. Frase velha mas verdadeira.
    Abração!
    Maurício Fernandes da Silva

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