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Pois é...

Incentivado pelos amigos, resolvi entrar na onda do blog. Este meio de expressão não tem pretensão maior no campo literário, por assim dizer. Desejo, tão somente, partilhar o olhar sobre os acontecimentos que observo ao derredor. Meu compromisso é com a informação, sem preconceito de natureza alguma.
Espero que os leitores participem deste espaço, enviando manifestações. Todas serão acolhidas com espírito democrático. Portanto, façam contato.




PONTA DE INVEJA

Pois, no domingo (pela enésima vez!) fiz um tour por Gramado e arredores. Tudo, absolutamente, bucólico. O dia ensolarado e com suportável calor, estava perfeito. Movimento pouquíssimo nas estradas e os lugares com lotação normal. Nada de atrolhos e multidões, de um lado para outro. Gosto de ir e vir pela “estrada de Taquara”. Observar aqueles vales verdejantes e os pequenos sítios de lazer e residências bem cuidadas. Dá uma vontade danada de morar num destes lugares que, de passagem, parecem perfeitos para quem sonha com a tal qualidade de vida. É claro que também tem a grama para cortar, a terra para arar, o pomar para podar, e todas as tarefas de manutenção rotineira para que a propriedade fique sob medida para o conforto. Afinal, tudo tem o seu preço. E, ao entrar em Gramado e arredores, tem-se a impressão de que estamos em outro mundo. Limpeza total, jardinagem de encher os olhos, respeito às leis de trânsito. Civilidade sem adjetivos. Mas, na volta o “amargo regresso”. O nosso trânsito é um salve-se quem puder. Nossas ruas estão parecendo, à cada dia, com um queijo suíço. As calçadas são vergonhosas e atentam à integridade das mulheres que ousarem calçar sapatos com salto alto. Lixeiras são raridades, e contribuem para que a população fique com a consciência menos pesada ao jogar pelos caminhos descartes, de qualquer espécie. Confesso: tenho uma enorme ponta de inveja da região serrana. Imagino como os eleitores de lá devem ir às urnas com a satisfação de votar em seus candidatos. Convenhamos, por lá o poder público faz a sua parte. E bem feita. Mas, não perco a esperança. Chegaremos, por aqui também, ao tempo em que os turistas sairão corroídos pela inveja. Que fazer, se minha esperança é guerreira e não se entrega assim no mais?

4 comentários:

  1. Robertinho, estamos circulando com a revista Society em Gramado e Canela... Nossa!!! A tua impressão foi a mesma nossa. Estamos indo seguido pra Serra e quando voltamos a Cachoeirinha... dá vontade de chorar. É como estar sonhando alto e de uma hora para outra acordamos para uma realidade nada agradável. Olha a arredação de Cachoeirinha e o tamanho territorial. Francamente, não tem explicação. Cachoeirinha era para estar muito além. E ainda querem vender turismo aqui. Pura Utopia. Falta civismo, cultura e educação. Boa vontade política também por aqui.
    André Boeira

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  2. E o que comentar a respeito desses assuntos políticos, sociais e econômicos da nossa Cachoeirinha, quando faço parte de uma cultura completamente diferente? Sou natural de Gramado e há cinco anos sou um cidadão cachoeirinhense, adotei essa cidade por amá-la, comparações entre essas regiões, sempre são indispensáveis. Participação de nossos representantes é praticamente invisíveis, isso me deixa muito triste e frustrado em pensar que meu voto foi para a lixeira, sinto-me um cidadão lesado e enganado. Agora, sei muito bem o que fazer com meu voto nas próximas eleições!

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  3. BOm... Vou dizer o que?!!!
    A mim resta apenas,lamentar, lamentar, lamentar e lamentar ...

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  4. Caríssimo! Sem querer imiscuir-me em seara alheia (Gramado e Canela!), ouso navegar pelas poças d'água das frequentes e intensas chuvas que se acumulam nos buracos do asfalto das ruas centrais e periféricas. O problema de Cachoeirinha é bem cultural, tenha certeza, pois povo que tira o lixo de dentro de casa para colocar no canteiro central da avenida não merece ser chamado de ente racional. Enquanto tivermos empresários que se julgam melhores que os outros e no direito de ocupar o espaço de ir e vir do cidadão, enchendo calçadas de mercadorias, não teremos uma cidade a altura das tuas aspirações, dos meus anseios, dos desejos de outros tantos. Vamos viver a mesmice bucólica sem as verdejantes matas que vislumbras do alto dos morros de Gramado e Canela. Quiça, no máximo, possamos ser uma extensão mal-cheirosa da Santa Tecla da vizinha Gravataí. Pessimista, eu? Poupe-me, por favor!

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