PONTA DE INVEJA
Pois, no domingo (pela enésima vez!) fiz um tour por Gramado e arredores. Tudo, absolutamente, bucólico. O dia ensolarado e com suportável calor, estava perfeito. Movimento pouquíssimo nas estradas e os lugares com lotação normal. Nada de atrolhos e multidões, de um lado para outro. Gosto de ir e vir pela “estrada de Taquara”. Observar aqueles vales verdejantes e os pequenos sítios de lazer e residências bem cuidadas. Dá uma vontade danada de morar num destes lugares que, de passagem, parecem perfeitos para quem sonha com a tal qualidade de vida. É claro que também tem a grama para cortar, a terra para arar, o pomar para podar, e todas as tarefas de manutenção rotineira para que a propriedade fique sob medida para o conforto. Afinal, tudo tem o seu preço. E, ao entrar em Gramado e arredores, tem-se a impressão de que estamos em outro mundo. Limpeza total, jardinagem de encher os olhos, respeito às leis de trânsito. Civilidade sem adjetivos. Mas, na volta o “amargo regresso”. O nosso trânsito é um salve-se quem puder. Nossas ruas estão parecendo, à cada dia, com um queijo suíço. As calçadas são vergonhosas e atentam à integridade das mulheres que ousarem calçar sapatos com salto alto. Lixeiras são raridades, e contribuem para que a população fique com a consciência menos pesada ao jogar pelos caminhos descartes, de qualquer espécie. Confesso: tenho uma enorme ponta de inveja da região serrana. Imagino como os eleitores de lá devem ir às urnas com a satisfação de votar em seus candidatos. Convenhamos, por lá o poder público faz a sua parte. E bem feita. Mas, não perco a esperança. Chegaremos, por aqui também, ao tempo em que os turistas sairão corroídos pela inveja. Que fazer, se minha esperança é guerreira e não se entrega assim no mais?
Pois, no domingo (pela enésima vez!) fiz um tour por Gramado e arredores. Tudo, absolutamente, bucólico. O dia ensolarado e com suportável calor, estava perfeito. Movimento pouquíssimo nas estradas e os lugares com lotação normal. Nada de atrolhos e multidões, de um lado para outro. Gosto de ir e vir pela “estrada de Taquara”. Observar aqueles vales verdejantes e os pequenos sítios de lazer e residências bem cuidadas. Dá uma vontade danada de morar num destes lugares que, de passagem, parecem perfeitos para quem sonha com a tal qualidade de vida. É claro que também tem a grama para cortar, a terra para arar, o pomar para podar, e todas as tarefas de manutenção rotineira para que a propriedade fique sob medida para o conforto. Afinal, tudo tem o seu preço. E, ao entrar em Gramado e arredores, tem-se a impressão de que estamos em outro mundo. Limpeza total, jardinagem de encher os olhos, respeito às leis de trânsito. Civilidade sem adjetivos. Mas, na volta o “amargo regresso”. O nosso trânsito é um salve-se quem puder. Nossas ruas estão parecendo, à cada dia, com um queijo suíço. As calçadas são vergonhosas e atentam à integridade das mulheres que ousarem calçar sapatos com salto alto. Lixeiras são raridades, e contribuem para que a população fique com a consciência menos pesada ao jogar pelos caminhos descartes, de qualquer espécie. Confesso: tenho uma enorme ponta de inveja da região serrana. Imagino como os eleitores de lá devem ir às urnas com a satisfação de votar em seus candidatos. Convenhamos, por lá o poder público faz a sua parte. E bem feita. Mas, não perco a esperança. Chegaremos, por aqui também, ao tempo em que os turistas sairão corroídos pela inveja. Que fazer, se minha esperança é guerreira e não se entrega assim no mais?
Robertinho, estamos circulando com a revista Society em Gramado e Canela... Nossa!!! A tua impressão foi a mesma nossa. Estamos indo seguido pra Serra e quando voltamos a Cachoeirinha... dá vontade de chorar. É como estar sonhando alto e de uma hora para outra acordamos para uma realidade nada agradável. Olha a arredação de Cachoeirinha e o tamanho territorial. Francamente, não tem explicação. Cachoeirinha era para estar muito além. E ainda querem vender turismo aqui. Pura Utopia. Falta civismo, cultura e educação. Boa vontade política também por aqui.
ResponderExcluirAndré Boeira
E o que comentar a respeito desses assuntos políticos, sociais e econômicos da nossa Cachoeirinha, quando faço parte de uma cultura completamente diferente? Sou natural de Gramado e há cinco anos sou um cidadão cachoeirinhense, adotei essa cidade por amá-la, comparações entre essas regiões, sempre são indispensáveis. Participação de nossos representantes é praticamente invisíveis, isso me deixa muito triste e frustrado em pensar que meu voto foi para a lixeira, sinto-me um cidadão lesado e enganado. Agora, sei muito bem o que fazer com meu voto nas próximas eleições!
ResponderExcluirBOm... Vou dizer o que?!!!
ResponderExcluirA mim resta apenas,lamentar, lamentar, lamentar e lamentar ...
Caríssimo! Sem querer imiscuir-me em seara alheia (Gramado e Canela!), ouso navegar pelas poças d'água das frequentes e intensas chuvas que se acumulam nos buracos do asfalto das ruas centrais e periféricas. O problema de Cachoeirinha é bem cultural, tenha certeza, pois povo que tira o lixo de dentro de casa para colocar no canteiro central da avenida não merece ser chamado de ente racional. Enquanto tivermos empresários que se julgam melhores que os outros e no direito de ocupar o espaço de ir e vir do cidadão, enchendo calçadas de mercadorias, não teremos uma cidade a altura das tuas aspirações, dos meus anseios, dos desejos de outros tantos. Vamos viver a mesmice bucólica sem as verdejantes matas que vislumbras do alto dos morros de Gramado e Canela. Quiça, no máximo, possamos ser uma extensão mal-cheirosa da Santa Tecla da vizinha Gravataí. Pessimista, eu? Poupe-me, por favor!
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